O oceanógrafo Ricardo Cardoso, do Aquário de São Paulo, explica que esses animais tiveram uma adaptação da musculatura lateral do corpo. Essa musculatura virou uma grande bateria, que armazena eletricidade.
Mas de onde vem essa eletricidade? "Todo movimento muscular se dá através de sinapses, impulsos elétricos aos músculos. Os peixes elétricos armazenam nos músculos laterais a corrente gerada por essas sinapses, em vez de consumi-la", . E usam essa energia para reagir a ataques, se comunicar, disputar com outros peixes território ou acasalar.
"Quanto maior o animal, mais forte o choque", . Alguns, como o puraquê amazônico, chegam a dar descargas de 600 volts. Um choque desses pode paralisar os movimentos e causar afogamento. Apesar disso, o oceanógrafo sabe apenas de um caso de morte por "ataque" de peixe elétrico: em um aquário, um desses animais pulou para fora do tanque e um funcionário agarrou-o para devolvê-lo à água. Com o susto, o peixe liberou a descarga - mas como o homem tinha um marcapasso, o choque terminou por causar um ataque cardíaco.
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